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China vs. EUA na corrida do chip cerebral: StairMed e Neuralink abrem a nova fronteira da mente digital

Redação CPlay/
06/12/2025, 10h46
/
5 min
imagem:X @neuralink
imagem:X @neuralink

A disputa global pela próxima grande revolução tecnológica deixou de ser ficção científica: interfaces cérebro–computador implantáveis (BCI) já são realidade clínica — com humanos controlando computadores, jogos e até braços robóticos usando apenas o pensamento.

De um lado está a americana Neuralink, de Elon Musk. Do outro, a chinesa Shanghai StairMed Technology, startup fundada em 2021 e já apontada por pesquisadores como a rival mais forte da empresa dos EUA.

O que isso significa para o futuro da medicina, da acessibilidade e até da interação humana com as máquinas? A CPlay mergulhou nas duas pesquisas e reuniu tudo o que sabemos até agora.

O que é a StairMed — e por que a China aposta pesado nela

Fundada em Xangai em 2021, a Shanghai StairMed Technology se tornou, em poucos anos, o principal nome da China no setor de BCI invasiva. A empresa recebeu uma rodada de investimento de 350 milhões de yuans (cerca de US$ 48 milhões), segundo veículos chineses especializados em tecnologia e saúde. Hoje, ela é citada por centros de neuroengenharia como a empresa chinesa mais avançada em implantes neurais.

Seu dispositivo é um pequeno disco de 26 mm de diâmetro e menos de 6 mm de espessura, implantado no crânio. Ele usa eletrodos ultraflexíveis, 100 vezes mais finos que um fio de cabelo — conceito pensado para reduzir inflamações, aumentar a biocompatibilidade e permitir uso prolongado sem danos ao tecido cerebral.

A cirurgia é descrita como minimamente invasiva, com uma abertura menor que a de outros modelos tradicionais. A promessa: estabilidade a longo prazo, tempo de recuperação menor e segurança superior.

Resultados divulgados: um paciente tetramputado que joga jogos com a mente

Em março de 2025, a StairMed divulgou que um paciente amputado de todos os membros conseguiu, após 2 a 3 semanas de treinamento:

  • controlar um cursor de computador,

  • jogar xadrez,

  • jogar games de corrida,

  • operar interfaces gráficas apenas com o pensamento.

Esse caso ganhou destaque em portais de tecnologia, reforçando que a China se tornou o segundo país, depois dos EUA, a demonstrar um BCI implantável funcionando em humanos com resultados funcionais públicos.

Link para a página da empresa(em inglês):

https://www.stairmed.com/en/

Neuralink: a corrida pioneira dos EUA rumo ao cérebro digital

Do outro lado do planeta, a Neuralink, fundada em 2016 por Elon Musk, domina as manchetes e carrega o título de pioneira moderna dos chips cerebrais.

Seu implante — também um disco que substitui um pedaço do crânio — usa milhares de eletrodos ultrafinos inseridos por um robô cirurgião, criado para reduzir danos durante a implantação. A contagem alta de canais permite capturar sinais neurais em altíssima resolução.

Avanços clínicos: pacientes usando o chip no dia a dia

A partir de 2024, pacientes nos EUA, Canadá e Reino Unido passaram a utilizar o chip da Neuralink para:

  • mover um cursor com o pensamento,

  • escrever textos,

  • jogar videogames,

  • navegar em redes sociais,

  • controlar braços robóticos experimentais.

Relatórios recentes indicam uso diário em casa, com milhares de horas acumuladas — uma vantagem de maturidade operacional em relação às concorrentes globais.

Link para a página da empresa(em inglês):

https://neuralink.com/

StairMed vs. Neuralink: dois caminhos diferentes para o mesmo futuro

1. Cirurgia e formato do implante

  • Neuralink: foca em densidade máxima de dados com um robô que insere fios ultrafinos profundamente no córtex.

  • StairMed: prioriza menor invasividade e flexibilidade, com eletrodos leves e muito finos integrados a uma placa menor.

2. Filosofia tecnológica

  • Neuralink quer a “internet da mente”: velocidade, alta resolução e controle avançado.

  • StairMed aposta em estabilidade, segurança e maior facilidade de adoção na área médica.

3. Território regulatório

  • Neuralink opera sob FDA, Health Canada e reguladores europeus — processo rígido, lento e altamente auditado.

  • StairMed cresce dentro de um ecossistema chinês que incentiva inovações médicas de fronteira com menos burocracia e mais investimento direto.

O que isso significa para o futuro?

Pela primeira vez na história moderna, dois países disputam diretamente a liderança em tecnologia de interface neural — uma área que pode redefinir:

  • acessibilidade para pessoas com paralisia,

  • restauração de fala e audição,

  • reabilitação pós-AVC,

  • controle de próteses avançadas,

  • smart homes controladas por pensamento,

  • computadores sem teclado ou mouse.

Pesquisadores dos dois lados apontam que, nos próximos anos, veremos aplicações comerciais para:

  • comunicação assistida,

  • fisioterapia gamificada,

  • controle de dispositivos domésticos,

  • e até entretenimento mental — jogos, vídeos e interfaces navegáveis pela intenção.

O papel do ecossistema digital: onde empresas como a CPlay entram

Enquanto StairMed e Neuralink disputam o hardware e a cirurgia, o verdadeiro mundo de oportunidades está no software:

  • interfaces fáceis de usar por pessoas com BCI,

  • dashboards médicos para reabilitação,

  • plataformas de conteúdo inclusivo (vídeo, rádio, notícias),

  • apps controlados por mente para ambientes educacionais e corporativos,

  • integração com IoT, mobilidade e dispositivos wearables.

A era do conteúdo “BCI-ready” já começou — e empresas de mídia, tecnologia e comunicação serão peças chave na transição.

A mente como nova plataforma digital

A China aposta na StairMed. Os EUA apostam na Neuralink.
O mundo aposta que, em uma década, vamos olhar para 2025 como o ano em que a tecnologia mental deixou de ser ficção e entrou no consultório.

Estamos diante da maior mudança da computação desde os smartphones — e, possivelmente, da maior mudança da interação humana desde o computador pessoal.

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