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Os Guerreiros de Terracota: Sentinelas Eternos do Primeiro Imperador da China

Redação CPlay/
27/09/2025, 05h58
/
4 min
imagem: envato
imagem: envato

Desde a sua descoberta em 1974, o Exército de Terracota vem fascinando historiadores, arqueólogos e o público em geral como um dos marcos mais impressionantes do patrimônio cultural humano. Recentemente, novas relíquias encontradas em um sítio arqueológico na China reacenderam a atenção sobre esse conjunto monumental e suas implicações históricas. A seguir, apresento um panorama sobre os Guerreiros de Terracota, sua origem, significado e o mais recente achado arqueológico.

Origem e propósito do Exército de Terracota

Os Guerreiros de Terracota — também chamados de Exército de Terracota — são um conjunto de esculturas em tamanho natural representando soldados, cavalos, carruagens e figuras auxiliares, construído para acompanhar o imperador Qin Shi Huang em sua vida após a morte.

A tumba de Qin Shi Huang situa-se perto de Xi’an, na província de Shaanxi, e o complexo funerário que lhe é associado se estende por dezenas de quilômetros quadrados. Sabe-se que a construção desse mausoléu envolveu centenas de milhares de trabalhadores durante várias décadas.

imagem: envato

A ideia central era criar uma forma simbólica de proteção: esse exército de barro serviria como guarda espiritual do imperador no além — uma crença que refletia o conceito de que os mortos deveriam continuar a “ser servidos como se estivessem vivos”.

Características e importância arqueológica

Alguns elementos impressionantes do Exército de Terracota:

  • Estima-se que nas três fossas principais existam mais de 8.000 esculturas de soldados, além de dezenas de carruagens e centenas de cavalos.

  • As figuras variam em altura, vestuário, expressões faciais e penteados — cada escultura é individualizada, o que torna o conjunto único.

  • Muitas esculturas ainda preservam parte de sua pintura original (cores), embora essas tintas se descolem facilmente com a exposição ao ar.

  • O local é considerado Patrimônio Mundial pela Unesco desde 1987.

Arqueologicamente, o Exército de Terracota é valioso porque revela dados sobre técnicas de moldagem e queima de cerâmicas, organização sociopolítica, crenças religiosas e práticas funerárias da China antiga.

A mais recente descoberta arqueológica

De acordo com matéria publicada no site Mega Curioso, arqueólogos chineses desenterraram três novos guerreiros de terracota, três cavalos e duas carruagens, no sítio arqueológico associado ao Exército de Terracota. Entre essas novas peças, destaca-se a possível presença da primeira escultura identificada como oficial de alta patente já encontrada naquele local.

Essa descoberta traz novos insights:

  • Confirma que o sítio ainda reserva peças não escavadas e que há potencial para expandir nossa compreensão do exército simbólico.

  • A presença de um oficial de alta patente pode sugerir que estruturas hierárquicas mais complexas ainda não registradas estavam presentes no conjunto.

  • Permite estudar estilos e técnicas de manufatura que podem variar ao longo do tempo ou entre oficinas distintas.

Esse tipo de achado reafirma que arqueologia não é um campo fechado: novos fragmentos ainda emergem, complementando o que já se sabia.

Desafios de conservação e visitação

Preservar os Guerreiros de Terracota é uma tarefa delicada. A exposição ao oxigênio, umidade, luz e variações ambientais pode acelerar a deterioração das esculturas e das tintas residuais. Em 2025, por exemplo, houve um incidente em que um visitante pulou uma cerca e danificou dois guerreiros expostos no local.

As exposições internacionais também desempenham papel importante: recentemente, o museu Bowers (na Califórnia, EUA) tem exibido relíquias do exército, incluindo peças derivadas dos trabalhos arqueológicos mais recentes em Shaanxi.

Os desafios são grandes: conservar cores fracas, prevenir contaminação biológica, evitar danos físicos e garantir que visitantes apreciem sem pôr em risco as esculturas.

Significado simbólico e legado cultural

O Exército de Terracota é mais do que um conjunto de esculturas antigas: ele simboliza o poder absoluto do primeiro imperador chinês e seu desejo de controle sobre o destino, inclusive após a morte. Ele também representa o domínio técnico e artístico da China antiga, com avanços em cerâmica, pintura e organização estatal.

Além disso, serve como elo entre passado e presente, atraindo turistas de todas partes do mundo, inspirando estudos acadêmicos e estimulando o diálogo sobre preservação de patrimônio cultural.

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