O corpo do menino Pierre Victor Pereira Silva, de apenas 10 anos, foi sepultado na manhã desta terça-feira (10) no Cemitério São Gonçalo, no bairro São Cristóvão, em Palmeira dos Índios, Alagoas. A despedida foi marcada por um profundo pesar e emoção, com familiares, amigos e a comunidade local acompanhando o cortejo em silêncio, acompanhados de aplausos em homenagem à criança vítima de um crime terrível.
O cortejo teve início na residência da mãe de Pierre, localizada no bairro Eucalipto, e seguiu até o cemitério. Durante o trajeto, os estudantes da escola onde Pierre estudava prestaram uma homenagem, soltando balões brancos e exibindo uma faixa com os dizeres: “Pierre, nosso pequeno anjo. Seu sorriso estará presente em nossos corações.” Ao final, os balões foram soltos ao céu, simbolizando saudade e esperança.
Pierre foi sequestrado e assassinado pelo próprio pai, o major da Polícia Militar Pedro Silva, em um ato chocante ocorrido no sábado (7) em Maceió. O crime se desenrolou após o militar fugir da Academia da Polícia Militar, onde estava detido. Além do filho, outra vítima da tragédia foi o sargento Altamir Moura Galvão, cunhado do major.
“É muito triste, porque ninguém imaginava que ele faria algo contra o próprio filho. Todos estão revoltados. Sabíamos que ele agredia a família, mas ninguém pensou que chegaria a esse ponto,” lamentou Vitória, amiga e vizinha de Pierre.
Relembre o Caso
O horrível episódio ocorreu no bairro do Prado, em Maceió, no último sábado (7). Segundo as autoridades, o major Pedro Silva invadiu a casa da ex-esposa e fez cinco pessoas reféns, incluindo a ex-mulher, o filho, Pierre, a irmã do major e o cunhado.
Equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram acionadas para negociar a rendição do militar, que se recusou a se entregar. Durante a operação, o major foi baleado e morreu no local, encerrando um drama que abalou a cidade e toda a região.
Essa tragédia evidencia a gravidade da violência doméstica e serve como um alerta sobre a importância da proteção às vítimas e a necessidade de atenção às denúncias de abuso.